Com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro de 2025 em Belém, a infraestrutura aeroportuária da região Norte está sendo reestruturada para atender à demanda crescente. Antes e durante o evento, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, será peça-chave no suporte a voos fretados e ao estacionamento de aeronaves executivas, absorvendo parte da sobrecarga do terminal belenense, que está em modernização da infraestrutura.
As obras do Aeroporto Internacional de Belém, que incluem ampliação da área de embarque, modernização do terminal e melhorias na infraestrutura, estão em andamento com previsão de conclusão até agosto de 2025. No entanto, o aumento exponencial no fluxo de aeronaves durante o período pré-conferência exigirá soluções logísticas adicionais, tornando o aeroporto de Manaus um ponto de apoio fundamental.
Em 5 de fevereiro, durante a 3ª Reunião Deliberativa Eletrônica da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o colegiado aprovou proposta de aditivo ao contrato de concessão do Aeroporto Internacional de Belém junto à Norte da Amazônia Airports (NOA), concessionária que administra o aeroporto, e antecipou para 31 de agosto a conclusão das obras que estavam previstas para serem feitas somente em abril de 2026. As obras terão investimento na ordem de R$ 450 milhões.
Diante do grande número de chefes de Estado, delegações internacionais e empresários que utilizarão jatos particulares e voos comerciais para comparecer à COP30, a Anac e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) estão avaliando medidas para otimizar a logística aeroportuária na região Norte.
Entre as principais estratégias, está a utilização do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, como local de estacionamento de aeronaves executivas e comerciais que não poderão permanecer em Belém por longos períodos. Além disso, Manaus poderá servir como hub alternativo para conexões de voos internacionais e fretamentos exclusivos para a conferência.
Infraestrutura de Manaus preparada para a demanda
Modernizado para a Copa do Mundo FIFA 2014, o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes conta com estrutura adequada para receber um grande volume de passageiros e aeronaves, incluindo ampliação das áreas de embarque e desembarque, novas salas VIP e melhorias na segurança aeroportuária. Além disso, a cidade possui serviços de táxi aéreo bem estabelecidos, o que facilita a movimentação entre os estados da região amazônica.
Outro ponto positivo é a reestruturação do espaço aéreo de Manaus, prevista para agosto de 2025, que incluirá novas rotas de navegação e aprimoramento dos procedimentos de controle de tráfego aéreo, garantindo operações mais seguras e eficientes durante a COP30.
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Importância estratégica para a COP30
A COP30 é um evento de grande magnitude, com estimativa de atrair mais de 150 chefes de Estado e dezenas de milhares de participantes. Diante desse cenário, a necessidade de uma rede aeroportuária eficiente é crucial para o sucesso logístico da conferência. Com as obras em Belém e a crescente demanda por infraestrutura aérea, Manaus se posiciona como um dos principais pontos de suporte operacional para o evento.
A expectativa é que essa colaboração entre os aeroportos da região Norte fortaleça a conectividade aérea na Amazônia, garantindo uma experiência fluida e bem organizada para os visitantes da COP30.