COP30 de Belém: “Chamados ou não, nós estamos aqui”, afirma reitor da UFPA

Gilmar Pereira da Silva, em entrevista ao jornal O Liberal, destacou o compromisso da instituição com o evento e ressaltou a importância da participação dos povos tradicionais e do conhecimento científico na construção de soluções para a Amazônia. Como mais um ato pró-COP30, na última semana, a UFPA lançou o movimento "Ciência e Vozes da Amazônia na COP30", visando integrar os saberes tradicionais e científicos nas discussões climáticas a serem apresentados na conferência.
FOTO: Alexandre de Moraes/UFPA/Ascom: Movimento Ciência e Vozes da Amazônia

Após o lançamento do Movimento Ciência e Vozes da Amazônia, destinado à reunir e visibilizar as iniciativas acadêmicas rumo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP30, que será sediada em Belém em 2025, o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Pereira da Silva, em entrevista ao jornal O Liberal, destacou o compromisso da instituição com o evento e ressaltou a importância da participação dos povos tradicionais e do conhecimento científico na construção de soluções para a Amazônia.

“Muitas pessoas questionam por que a universidade não foi chamada para a COP30. Eu respondo: a universidade está chamando para a COP. O evento será realizado na nossa casa. Somos a maior universidade da Amazônia e, entre as federais, uma das maiores do Brasil. Independe de sermos chamado ou não, nós estamos aqui”, reforçou o reitor, empossado há cerca de quatro meses.

Com isso, ressalta que a universidade está aberta e pronta para colaborar com os governos para a promoção de iniciativas na fase preparatória, durante e, principalmente, após a realização do evento, de acordo com o reitor. “E com uma perspectiva, que quero afirmar, nós estamos à disposição dos governos – municipal, estadual e federal -, e temos produção à disposição. É só chamar para contribuir, não apenas no período da COP, mas sempre”, explica.

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Na última semana, a UFPA lançou o movimento “Ciência e Vozes da Amazônia na COP30”, visando integrar os saberes tradicionais e científicos nas discussões climáticas da conferência. O movimento busca assegurar que as contribuições da região amazônica, especialmente dos povos tradicionais, sejam devidamente reconhecidas e valorizadas durante o evento. A iniciativa reforça o compromisso da universidade com as questões ambientais e a sustentabilidade da Amazônia.

Com essa organização, a UFPA se consolidou como um dos principais agentes do debate climático e reforça a relevância da ciência e dos saberes tradicionais na busca por soluções sustentáveis para a Amazônia e o mundo. “Nossa grande questão é que esse debate não pode acontecer sem a participação dos povos tradicionais e sem considerar nossas ações”, avalia. 

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