Em menos de dois meses, a agenda ambiental estará, mais uma vez, no centro das discussões mundiais com a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 29, que será em Baku, no Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro.
Enquanto o mundo aguarda a nova rodada de discussões na Ásia, a capital do Pará, Belém, se prepara para receber o evento em 2025, a COP 30. As duas principais obras conectadas ao evento, o Porto Futuro II e o Parque da Cidade, seguem aceleradas.
“A COP 30 é um divisor de águas para a nossa capital, para a Amazônia e para o estado. Estamos com mais de 30 obras simultâneas na região metropolitana de Belém”, diz Adler Silveira, secretário de Infraestrutura e Logística do Governo do Pará. As obras, explica, incluem parques, centros de eventos, pavimentação asfáltica e terminais hidroviários que atenderão o fluxo turístico em direção às ilhas.
A COP costuma atrair delegações dos 193 países membros das Nações Unidas e cerca de 60 mil pessoas são esperadas em Belém, entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, pesquisadores, ONGs e ativistas. O investimento do Governo Federal na COP 30 é de cerca de R$ 3,7 bilhões, com recursos do Novo PAC, BNDES e Itaipu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro que não faltará suporte para que a COP 30 se consolide como um marco. “O Governo Federal não vai medir esforços para que a gente ajude tanto a prefeitura de Belém quanto o governo do estado. É importante o significado na COP. Não existe nada do Brasil mais falado no mundo do que a Amazônia. Qualquer jovem, qualquer pessoa idosa, qualquer país fala da Amazônia”, frisou Lula, em junho, quando participou do lançamento de Belém como sede da COP.
“É importante a gente cuidar do ecossistema, da biodiversidade, da nossa floresta, mas é muito importante a gente cuidar do povo que vive na Amazônia. É importante saber que, por aqui, moram 28 milhões de seres humanos que precisam trabalhar, comer, ganhar salário, viver dignamente”, completou o presidente na ocasião.
LEGADO – Além da importância para a agenda climática, a COP 30 deixará como legado um parque mais moderno no centro da capital paraense, com estrutura de lazer, de esporte, de cultura e de conhecimento da biodiversidade amazônica.
VILA DOS LÍDERES – Outro ponto importante da obra é que o projeto contempla uma área especial para que os líderes que participarão da COP 30 possam se hospedar próximo ao centro das discussões, de modo a evitar grandes deslocamentos durante o evento. São mais de 200 apartamentos destinados aos chefes de Estado e comitivas.
PORTO FUTURO II – Outra obra estratégica é o Porto Futuro II, próximo à Estação das Docas, uma das referências da capital paraense, às margens da Baía do Guajará, que reúne centro de gastronomia, cultura, moda e eventos nos 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém. “Iniciamos a construção da Nova Doca, um grande parque urbano, com diversos equipamentos, uma estrutura que permitirá com que nós tenhamos um ambiente extraordinário para as famílias”, ressaltou Helder Barbalho.
SANEAMENTO – Outro ponto, destacado pela vice-governadora, Hana Ghassan, é o investimento em saneamento na área do Porto Futuro II. “Também estamos fazendo tratamento de esgoto desta região, permitindo, inclusive, que a água do canal da Doca possa ser tratada com qualidade, evitando poluição e degradação do meio ambiente”.
MUSEU E EXPORTAÇÃO – Além de ampliar os serviços gastronômicos e culturais na Estação das Docas, o Porto Futuro II será uma das referências culturais de Belém e permitirá que produtores locais possam desenvolver seus produtos, inclusive capacitando-os para exportá-los.
DRAGAGEM E NAVIOS – Um dos desafios de Belém para a COP 30 é ampliar o número de quartos disponíveis para receber as milhares de pessoas envolvidas na programação da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Para isso, a cidade contará com hospedagens em navios de cruzeiro, o que ampliará o número de leitos na capital. As obras estão interligadas a esse objetivo e incluem a dragagem das margens da Baía do Guajará para que os navios de grande porte possam atracar. “Também teremos nesse complexo um hotel com 207 apartamentos e mais de 250 leitos”, finaliza o secretário Adler Silveira.
Da Agência Gov.